Foto: Arquivo Pessoal.
Professora e escritora ocupará a Cadeira nº 9
No dia 5 de agosto, em cerimônia restrita para convidados, a professora e escritora Maria Antonieta Cunha toma posse da cadeira nº 9 da Academia Mineira de Letras, que tem Bento Ernesto Júnior como fundador e Josaphat Bello como patrono. Na ocasião, o discurso de recepção será realizado pelo acadêmico Patrus Ananias de Sousa.
A cadeira nº 9 já foi ocupada pelo jornalista, contista e poeta João Alphonsus, pelo jornalista e escritor Djalma Andrade, pelo escritor Ildeu Brandão, por alguns anos responsável pelo Suplemento Literário do Minas Gerais e também pelo advogado, professor, jornalista e ex-secretário de estado Márcio Garcia Vilela. Maria Antonieta Cunha foi eleita com 35 votos em votação que ocorreu no dia 12 de julho de 2021.
Sobre a nova acadêmica Maria Antonieta Cunha
Formada em Letras Neolatinas, com mestrado em Educação e doutorado em Letras pela UFMG, Maria Antonieta Antunes Cunha nasceu em 1939 e dedicou sua vida ao ensino e à literatura.
Lecionou Língua Portuguesa no chamado “Curso de Formação” de Professores do Instituto de Educação de Minas Gerais, de 1964 a 1970, quando passou a exercer o cargo de vice-diretora da Instituição, até 1973. Também deu aulas nos cursos de graduação e de pós-graduação da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) até 1986, tendo lecionado, a convite, na pós-graduação do curso de Ciência da Informação e na graduação do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação.
Como fundadora da Editora Miguilim (1980-1993), editora da Dimensão (1998- 2015) e consultora da RONA (2015-2021), criou vários projetos de edição de livros para crianças e jovens. Nas duas primeiras Casas, fez a seleção e publicou livros traduzidos do Espanhol, do Francês e do Inglês, tendo a oportunidade de revelar talentos, como Ana Raquel, Marilda Castanha, Paulo Bernardo, Flávio Fargas, e de publicar grandes nomes, como Orígenes Lessa, Joel Rufino dos Santos, Elvira Vigna, Sylvia Orthof, Mirna Pinsky, Angela Lago, além de obras de acadêmicos como Bartolomeu Campos de Queiroz, Angelo Machado e Luís Giffoni. Por duas vezes, integrou o júri do Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura Infantojuvenil.
Desenvolveu o projeto e organizou todos os volumes da coleção “Crônicas para Jovens”, da Editora Global, composta por obras de autores como Ignácio Loyola Brandão, Marcos Rey, Affonso Romano de Sant’Anna, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Marina Colasanti, Rubem Braga, Ferreira Gullar. Na mesma coleção, realizou alentadas entrevistas com os cronistas Loyola, Affonso Romano, Marina Colasanti e Ferreira Gullar.
Escreveu mais de 50 artigos para jornais e capítulos para livros e revistas
especializadas em Leitura e Literatura. Como autora, publicou cerca de 30 livros, entre teóricos e didáticos, e alguns como tradutora, do inglês, francês e espanhol.