Crítica Musical: The Who mostra que é possível surpreender o mundo com “Who” seu novo e bem produzido álbum

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Banda que já está com mais de 50 anos de carreira, traz no novo trabalho os hits “All This Music Must Fade”, “I’ Dont Wanna Get Wise”, “Detour”, “Beads One String”,  “Hero Ground Zero”, “Street Song” e a incrível “I’ll Be Back”; Zak Starkey (filho de Ringo Starr) comanda a bateria

Coluna: ‘Crítica Musical’
Jornalista | Colunista | Editor:
Felipe de Jesus
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Os anos de 1960 e 1970 foram responsáveis por lançar nomes que eternizaram na música mundial, como, The Beatles, David Bowie, Eric Clapton, Led Zeppelin, Pink Floyd, The Who, Alice Cooper, James Taylor e etc. Mas entre esses nomes, o “The Who” (com mais de 50 anos de carreira), até hoje chama a atenção do público por sua força musical e prova disso está em “Who (2019)”, seu mais novo álbum. O trabalho idealizado por Pete Towshend (guitarrista) e Roger Daltrey (vocalista), traz 14 novas faixas com a sonoridade já vista nos álbuns “My Generation (1965)”, “The Who Sell Out (1967)”, Tommy (1969)”, “Who’s Next (1971)” e “Who Are You (1978)”. O 12° álbum da banda teve a maior parte de sua produção comandada pelo guitarrista Pete Townshend no British Grove, estúdio em Londres de propriedade de Mark Knopfler, do Dire Straits, com Zak Starkey (filho de Ringo Starr) na bateria. Já a capa de “Who (2019)”, foi feita por Peter Blake, responsável pela capa do disco “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)”, dos The Beatles.

Mostrando que são especialistas no som que eles mesmos criaram, “Who (2019)”, inicia com “All This Music Must Fade”. A faixa é uma amostra de que é possível fazer os fãs viajarem no som único da banda. Aliás, som que conquistou o mundo! Em seguida eles trazem “Ball And Chain”, mais uma prova de que os anos fizeram muito bem para Roger Daltrey e Pete Townshend. Com “I’ Dont Wanna Get Wise” eles mais uma vez reforçam que são únicos, algo meio “Rolling Stones”, um dos poucos (ou únicos grupos), que até hoje lançam excelentes trabalhos. Já em “Detour”, quarta faixa do novo trabalho, parece que estamos voltando aos tempos de “Who’s Next (1971)” ou mesmo “Who Are You (1978)”. Chegando em “Beads On One String”, eles mais uma vez deixam claro que não perderam o caminho das pedras.

Com “Hero Ground Zero”, sexta faixa, o The Who mantém a mesma sonoridade já vista no início do novo álbum. As guitarras de Pete Townshend tomam conta . Em “Street Song”, eles conseguem trazer uma sonoridade bem próxima dos primeiros trabalhos nos anos de 1970, com a bateria de Zak Starkey (filho de Ringo Starr) em evidência. Com “I’ll Be Back”, uma das minhas faixas preferidas do álbum, eles trazem e a pena ser escutada com atenção! Dando sequência, o álbum “Who (2019)”, traz a balada bem Country, “Break The News e segue com “Rockin In Rage”, “She Rocked Im My World”, “This Gun Will Misfery” e “Gothing Nothing”. Para fechar com maestria, eles apresentam muito bem a faixa “Danny And My Ponies”, que em minha opinião, tem todos os predicados do estilo “The Who” de ser. Isso porquê o vocal de Roger Daltrey ainda é o mesmo! Algo que inevitavelmente chama bastante a atenção de quem escuta “Who (2019)”.

Avaliação ||

É interessante ver que o The Who, grupo do incio dos anos de 1960 (com mais de 50 anos de carreira), se preocupa em lançar novos trabalhos para o mundo e também para cativar novos fãs. Mas, o mais interessante, é ver que a banda manteve a mesma sonoridade do bom e velho Rock And Roll. Basta escutar as faixas “All This Music Must Fade”, “I’ Dont Wanna Get Wise”, “Detour”, “Beads One String”,  “Hero Ground Zero”, “Street Song” e a incrível “I’ll Be Back”, para perceber que eles sabem agradar os admiradores da banda. Avalio com cinco estrelas máxima, pois, o grupo reafirma em “Who (2019)”, que a sonoridade do The Who, nunca envelhece! Se você ainda não ouviu o álbum, escute! Álbum disponível no formato físico e nas plataformas digitais.