Por que gatilhos emocionais influenciam na tomada de decisões?

Esses estímulos são tão intensos na vida de uma pessoa que podem perturbar o seu equilíbrio e tirar a sua paz

Embora as pessoas tentem ser extremamente racionais e lógicas na hora de tomar decisões, o estado emocional e psicológico de cada pessoa muitas vezes interfere no processo. Estudos mostram que existe uma grande variedade de gatilhos mentais que podem atrapalhar o processo de raciocínio, o que muitas vezes pode levar à escolhas emocionais, irracionais ou confusas.

Os gatilhos emocionais influenciam na tomada de decisões porque ativam o sistema límbico, que é a parte do cérebro responsável pelas emoções, memórias e impulsos. Esse sistema tem uma grande influência sobre o comportamento humano, pois ele  faz com que as pessoas reajam de forma automática e instintiva diante de situações que nos remetem a experiências passadas, positivas ou negativas.

William Dumont, Mentor de Desenvolvimento Pessoal, explica que para identificar os momentos em  que estiver lidando com gatilhos emocionais basta observar uma situação que precipita sentimentos e sensações desagradáveis como sentimentos de angústia, raiva, tristeza, ansiedade e medo. “Um exemplo é quando um carro vindo rápido na sua direção desperta medo e aciona a reação de desvio ou fuga. Um gatilho emocional particular seria uma pessoa que passou por alguma situação de trauma envolvendo acidente de trânsito e ter sintomas de ansiedade ou pânico ao passar por uma estrada, ver um carro da mesma cor ou mesmo pensar em uma viagem”, exemplifica.

Ele acrescenta que todas as pessoas possuem esses gatilhos. “Saber de onde o gatilho se origina e reconhecer que ele existe é a chave. Reconhecer os seus gatilhos é um exercício de autoconhecimento e aprender a lidar com eles é importante para a qualidade dos seus relacionamentos pessoais e profissionais. Além, é claro, para a própria saúde mental”, completa.

Como lidar com os gatilhos?

As respostas para os conflitos internos costumam estar dentro de cada um. Dessa forma, é fundamental buscar o autoconhecimento, e se conhecer a fundo. “Entender o que desencadeia os gatilhos e até mesmo nomeá-los e listá-los é fundamental para poder se proteger deles. Ao saber o que faz a reação emocional surgir, fica mais fácil evitar que ela ocorra. Quando não dá para desviar do gatilho, ao menos você já tem alguns mecanismos para lidar melhor com ele”, explica William.

“Lembre-se sempre de praticar a gentileza consigo. Não se martirize por ter se afetado por um gatilho emocional nem diminua a importância desse impacto considerando o motivo “bobo” demais para a sua reação. Entenda que as respostas geradas pelos gatilhos são automáticas e, muitas vezes, inevitáveis. Então, não se cobre tanto e tente fazer de cada momento um aprendizado de si, questionando os porquês dos seus sentimentos. Mesmo que você não consiga escapar da fonte do gatilho antes que ele aconteça, saber exatamente o que te afetou torna muito mais fácil a sua recuperação depois”, reitera o Mentor de Desenvolvimento Pessoal.

Fonte: William Dumont – Formação em Administração, Coaching, Mentoring, e formação em andamento como terapeuta (conclusão em dezembro 2023) @williampdumont

Foto: Acervo Pessoal | Divulgação

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