Telemedicina ganha relevância durante crise do coronavirus

“Dr. João Pedro Junqueira, da Pró-Criar, acredita que a telemedicina veio para ficar” | Foto: Leo Horta |

Pandemia impulsiona prática que vinha sendo debatida nos últimos anos

A pandemia do novo coronavírus impulsionou uma ferramenta que ainda vinha gerando discussões na área da saúde: a telemedicina. Com a necessidade de distanciamento social e a recomendação para que a população evite ir a hospitais e clínicas para consultas eletivas, o atendimento à distância surgiu como solução imediata. Após o Governo Federal e o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizarem a prática enquanto durar a crise, a alternativa tem facilitado a comunicação entre médicos e pacientes.

Segundo o Dr. João Pedro Junqueira Caetano, ginecologista e especialista em reprodução assistida da clínica Pró-Criar, a urgência do isolamento social é inquestionável, porém, a possibilidade de realizar uma consulta, ainda que à distância, permite não apenas tranquilizar o paciente, mas avaliar pontualmente as necessidades de cada um e até iniciar uma preparação para um tratamento que acontecerá posteriormente. “Nos casos de quem busca tratamentos de fertilidade, por exemplo, nós sabemos o nível de ansiedade dos pacientes, muitos deles, inclusive, estão correndo contra o relógio biológico. Com o uso da telemedicina, os planos dessa pessoa não necessariamente terão que ser adiados indeterminadamente”, analisa.

De acordo com o especialista, a Pró-Criar vem realizando consultas por teleconferência, tanto para novos pacientes quanto para aqueles que já têm algum tratamento em andamento, inclusive serviço de apoio emocional. A videoconferência é feita via Skype, aplicativo que utiliza tecnologia com criptografia de ponta a ponta, possibilitando chamadas com maior segurança e privacidade. As informações do paciente são registradas em prontuário eletrônico, conforme orientação do CFM.

Legado

O debate sobre o uso da telemedicina vinha gerando diversos questionamentos nos últimos anos, inclusive em 2019 quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução definindo regras para a aplicação. Na época, grupos de profissionais e associações médicas acreditavam que o tema precisava ser mais debatido, o que motivou a revogação da medida. No entanto, naquele momento ninguém imaginava o que aconteceria em 2020. Nunca o suporte online foi tão necessário quanto está sendo agora e a telemedicina pode ser tornar um dos legados da pandemia.

“A verdade é que a telemedicina já é bastante difundida em outros países, mas aqui, talvez por questões culturais, ainda não tínhamos, até então, o hábito de pedir orientações médicas de forma digital. Acredito que esse é um momento de aprendizado para avaliarmos os parâmetros que serão necessários para evoluirmos esse debate no Brasil e tornar a telemedicina mais popular por aqui”, finaliza Dr. João Pedro.

Sobre a Pró-Criar

A Pró-Criar, especializada em reprodução assistida, está completando 21 anos de atuação. A clínica tem como objetivo primordial aliar procedimentos técnicos a um atendimento acolhedor àqueles que buscam tratamento de fertilidade. Fundada pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB, em fevereiro de 1999, a Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologista, embriologistas, psicólogos, e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana. Em fevereiro de 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva.

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