Vista aérea do Santuário do Caraça
Foto: Miguel Andrade.
O objetivo é evitar que a biodiversidade de um dos destinos turísticos mais procurados do país seja consumida pelas chamas e evitar que o cenário desolador do ano passado se repita
O Santuário do Caraça tem reforçado suas medidas de prevenção a incêndios florestais neste período de seca, aprendendo com os desafios enfrentados no mesmo período do ano passado, quando aproximadamente 5.000 hectares da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) foram consumidos pelas chamas. Para evitar que episódios como esse se repitam, diversas ações preventivas foram implementadas.
“Entre as principais iniciativas estão a construção de aceiros, que agem como barreiras para impedir a propagação do fogo, e a realização de uma aproximação contínua com os confrontantes e a comunidade local, promovendo diálogos e conscientização sobre práticas mais seguras, além de reuniões com empresas da região para alinhar estratégias conjuntas e fortalecer ainda mais sua capacidade de resposta com a oferta de um curso de formação de brigadistas voluntários, ministrado pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais através do Projeto ‘Protetores da Serra’ com apoio do Ministério Público de Minas Gerais, CAOMA e Plataforma Semente, que inclusive liberou recursos para a aquisição de uma caminhonete que é utilizada para monitorar as fronteiras da RPPN”, disse Bernardo Borba, coordenador ambiental do Santuário do Caraça.
As lições do ano passado estão frescas na memória da equipe. Durante um período de sete dias, o incêndio que atingiu a reserva mobilizou um grande esforço coletivo, envolvendo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais – com guarnições de Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte –, o grupo Previncêndio, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Polícia Militar de Meio Ambiente, as brigadas das empresas Vale e AngloGold Ashanti, além de outras brigadas regionais, voluntários e instituições. A origem do incêndio não pôde ser identificada, mas há indícios de que foi causado por práticas humanas inadequadas.