Foto: Leo Horta.
Busca pelo procedimento nas clínicas de reprodução assistida tem sido cada vez maior
O congelamento de óvulos tornou-se uma grande conquista para as mulheres que desejam adiar a gravidez e que sabem que o avanço da idade pode ser um fator impeditivo para alcançar esse sonho posteriormente. “Hoje, as mulheres estão buscando seus objetivos profissionais e acadêmicos antes de decidirem constituir uma família”, afirma o Dr. João Pedro Junqueira Caetano, ginecologista e especialista em reprodução assistida da Huntington Pró-Criar. Segundo o especialista, por esse motivo tem sido cada vez maior o número de pacientes que procuram a clínica para realizar a criopreservação – ou seja, o congelamento de óvulos.
Ainda de acordo com Dr. João Pedro, foi justamente pensando nesse novo cenário que a Huntington Pró-Criar criou a campanha “#TrintouCongelou”, que reforça o direito de escolha das mulheres sobre a maternidade e incentiva o congelamento de óvulos para aquelas pacientes a partir dos 30 anos que não têm intenção de engravidar antes dos 35.
“Para quem opta por esse caminho, é muito importante salientar que o congelamento de óvulos não garante a gestação, mas sim aumenta as chances dela ocorrer no futuro. Por exemplo, uma mulher que congelar seus óvulos aos 30 anos terá as mesmas chances de gravidez dessa idade se tentar engravidar utilizando esses óvulos quando tiver 40 anos”, frisa.
A seguir, Dr. João Pedro esclarece mais alguns pontos sobre esse método, confira:
Congelamento de óvulos: o que é, para quem é indicado e como é feito
O congelamento de óvulos é indicado para todas as mulheres que desejam adiar a gravidez. Neste procedimento, os óvulos são coletados diretamente do ovário e submetidos ao processo de vitrificação, uma técnica que preserva a qualidade morfológica e do material genético do óvulo e permite que ele seja utilizado posteriormente por meio da fertilização in vitro.
Para quem é indicada a intervenção?
Geralmente, a técnica de congelamento é indicada para mulheres com mais de 30 anos e que não têm intenção de engravidar antes dos 35. Isso garante que os óvulos fiquem preservados com a mesma qualidade de quando foram coletados e possam ser usados mais à frente com as mesmas chances de gravidez da idade em que a mulher os congelou.
Vale ressaltar que, quanto mais jovem a mulher for, melhor será a saúde de seus óvulos, o que facilitará a gravidez no momento propício.
Além disso, é importante que a mulher saiba que ela precisará realizar um tratamento de estimulação hormonal da ovulação. É necessário também o acompanhamento com ultrassom da produção dos óvulos pelo organismo e isso requer disponibilidade de tempo.
Como é feito o congelamento de óvulos?
Antes do procedimento, a mulher é submetida a alguns exames para avaliar sua saúde e sua reserva ovariana, que é a quantidade de óvulos nos ovários. O ovário amadurece e libera apenas um óvulo por mês. Assim, para o congelamento de óvulos, é necessário fazer a indução da ovulação, que consiste na estimulação hormonal dos ovários o que permite que vários óvulos sejam produzidos em um só ciclo menstrual.
Esse procedimento é feito utilizando medicamentos injetáveis conhecidos como gonadotrofinas. Elas são aplicadas de 10 a 12 dias antes da captação dos óvulos, são fáceis de manusear e as aplicações podem ser feitas pela própria paciente em sua casa.
Em torno do 12º dia de administração do medicamento, é realizada a captação dos óvulos. A intervenção é feita com a mulher sedada e, com uma agulha acoplada em um aparelho de ultrassom endovaginal, os óvulos são coletados através da vagina. Por fim, um embriologista irá avaliar a qualidade dos óvulos e os que estiverem maduros e adequados para fertilização no futuro, serão congelados.
O congelamento é feito através da submersão dos óvulos em nitrogênio líquido que reduz a temperatura a 196°negativos em poucos minutos.
Outras dúvidas:
1. O congelamento diminui a qualidade dos óvulos para a fertilização?
Não se os óvulos forem de boa qualidade. A utilização deste método não diminui a possibilidade de fertilização dos óvulos, porém óvulos de menor qualidade podem ser mais sensíveis e não sobreviverem ao descongelamento.
2. Os óvulos possuem “data de validade”?
Não. Eles poderão ser descongelados e implantados no útero quando a mulher quiser. Entretanto, o Conselho Federal de Medicina defende que eles devem ser usados até que a mulher complete 50 anos, pois, após essa idade, os riscos de complicações na gestação aumentam e podem trazer problemas tanto para a mulher como para o bebê.
Sobre a Huntington Pró-Criar
A Pró-Criar está completando 22 anos com uma novidade. A clínica, que desde 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva, agora passa a se chamar Huntington Pró-Criar. A nova marca une a experiência, o acolhimento e a eficiência de ambas as clínicas na área de reprodução assistida para potencializar o atendimento de excelência aos seus pacientes. Fundada em fevereiro de 1999 pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB/FEBRASGO, a Huntington Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologista, embriologistas, psicólogos e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana.